sábado, agosto 06, 2011

E agora...

É... (respiração profunda)
As coisas têm mudado muito e me sinto distante do meu passado, me sinto diferente. Não que hoje eu tenha acordado no futuro e com uma cara diferente. Na verdade, o futuro está aqui do meu lado, olhando para mim, querendo fazer parte da minha vida, se chegando todos os dias como se fosse uma amizade nova nascendo. A questão é que eu não sei se estou preparada, na vendade eu nunca estou, vou 'metendo a cara', meio louca porque se for pra pensar muito eu não saio do lugar, desisto, tomo decisões erradas, enfim.

Com o futuro tão perto acabo olhando pro passado, é inevitál. Está chegando uma nova etapa e eu nem me despedi direito da última. Não me despedi de alguns sonhos, de algumas testemunhas (Eu não ia escrever esta palavra mas saiu e eu achei legal), de alguns episódios, de algumas manias. As despedidas são tristes, melancólicas, etc e talz... Não sei se é algo bom, isso é relativo. Então, cada um escolhe se quer ou não se despedir, mas eu não escolhi, as coisas apenas foram embora, algumas pessoas foram embora e, sobretudo, alguns valores foram embora.

Os valores - eu nunca pensei que fosse mudar tanto em relação a isso. Talvez nem tanto, mas o que mudei foi muito significativo e essencial para que houvesse espaço para este futuro que está chegando. Abri mão de alguns sonhos, não antes de vivê-los um pouco, mas... em todo caso, tive que abrir mão. Não por minha causa, mas foi necessário. Agora as coisas estão indo rumo à um lugar que eu não conheço e nem esperava ir. Não sei o que irá acontecer, meu futuro não depende mais só de mim. Mas aqui estou eu, pronta ou não, vou em frente.

quarta-feira, março 23, 2011

Tempo, sempre o mesmo

Acho sim que o Tempo é cíclico
passa e volta constantemente
vestido de passado e depois se fantasia de futuro.
Não há passado, nem futuro
é sempre o mesmo Tempo.
Nós é que mudamos
na mesma velocidade que nossas células morrem.

Nossos olhos são tingidos todos os dias
pelas tintas dos acontecimentos que o Tempo trás.
Às vezes rouba os momentos e às vezes te dá de novo
mas aí você já não é o mesmo
e o momento já não será o mesmo.

Aqui não há mais do mesmo (Renato Russo)
Aqui há mais do Tempo




Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades
O tempo não pára
Não pára, não, não pára
Composição: Cazuza / Arnaldo Brandão

 

segunda-feira, março 21, 2011

Adeus passado

Passado: Olá, vim trazer-te não boas novas, mas velhas más.
Vi tudo. No começo, me entristeci com coisas erradas que tinha feito. Doeu.
Não foi um convite à loucura e sim à sanidade. Fui puxada para o passado.

Passado:  Enxerga aquele ponto? Graças a ele não ries mais daquele detalhe ou deste.
Foi sufocante e desesperador em alguns momentos ver o meu espelho de ontem.
Não foi uma visão de uma segunda oportunidade que eu viria a ter e sim uma constatação do que eu escolhi ser, do que eu deixei de lado para me tornar o que sou.

Passado:  Olhe aquele detalhe.
A agonia terminou e eu consegui ver também as coisas maravilhosas.
Revivi momentos inesqueciveis de felicidade, alegrei-me com lembranças doces e coloridas.

Passado: Olhe o que tens nas mãos.
Até o momento de olhar para o espelho de hoje, ver como construí esta minha imagem de agora.
Ver traços que apaguei e linhas que coloquei em negrito, outras que eu mesma resolvi desenhar.

Eu: Tudo bem, já entendi.
Estava na hora de desgarrar e olhar pra frente.

Eu: Vá embora passado. Você tem que ir para que eu possa receber o futuro.
Construir o passado de hoje. O que quebrou, quebrou. As feridas já cicatrizaram. Se houverem mais feridas por vir eu as sentirei abrir e as sararei depois, como sempre fiz. Sentirei saudades de muita coisa, mas isso só quer dizer que eu vivi e que tenho um passado pois se sinto saudade é porque se foi e se se foi é porque não teve como ficar e isso não podemos mudar.

Eu: Vá, vá, vá. Já vi o que eu precisava ver.

quarta-feira, março 09, 2011

Coisas que não deveriam passar



Saudade daqueles dias em que você segurava minha mão e nós andávamos ora conversando abrobrinhas, ora cantando por aí, tão concentradas no nosso mundo louco e divertido. As risadas eram frequentes, a cumplicidade e o companheirismo abraçava-nos carinhosamente, num abraço quente que não tinha fim, mas um dia teve. E aqueles momentos em que eu suspirava desconsolada? Você já entendia que eu não estava bem. - O que foi Taty?. Você dizia. Entendia minhas angústias. E eu? Eu tentava estar à sua altura, admirava sua inteligência e sabedoria, eu só não entendia porque você não as usava em benefício próprio, achava isso tão engraçado. Você me emprestou um pouco da sua sensibilidade, fez-me relembrar sentimentos que eu tinha esquecido, ou melhor, que eu tinha deixado de lado. Você transformou meu mundo preto e branco em uma mistura de cores interessantes e em constante movimento, feito carrossel...

Saudade das horas de conversas empolgantes que nem o sono fazia ficar desinteressante, dos segredos compartilhados, dos sonhos e planos para o futuro que combinávamos cumprir e contar depois, dos desabafos tão preciosos, dos delírios um do outro que só nós sabemos, daquilo que eu sentia enquanto nós conversávamos, aquele sentimento de... eu nem sei dizer. Dos conselhos que eu procurava seguir tão assiduamente...

Saudade dos dias de fazer tudo juntas, e falar mal dos outros juntas (não vem não que todo mundo faz isso). Saudade de ouvir os teus pensamentos assustadores que de vez em quando você compartilhava. Da tua risada e da forma com que você se dispunha a me ouvir, sem preconceito e da forma mais compreensível possível se indignando quando achava que as coisas eram injustas, tentando me consolar quando eu precisava sem saber que só de estar ali do meu lado já era consolo, o melhor consolo que alguém poderia me dar...

Saudade da tua inocência e do teu medo de palhaço que me faziam rir tanto e esquecer dos problemas, das tuas crises que me deixavam tão preocupada, fazendo-me sentir tua mãe e querer bater muito em quem te magoava, dos teus pensamentos tão bobos e engraçadíssimos que você expunha de uma forma tão natural que ficavam mais engraçados ainda, do teu jeito lindo e simples, sem problemas e calma que de repente estourava intensamente...

Ai que essa saudade eu queria matar e nunca mais sentir
Matar bem matado pra não ter nem como ressuscitar
Sufocar de um jeito que não achasse mais nenhum ar
Pra depois viver todas essas coisas de novo
Todos os dias, até entediar
Porque até no tédio é bom ficar com vocês
Repetidamente
Infinitamente

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

I'm gonna win


Eu tenho medo

Eu tenho medo de ficar sozinha
Eu tenho medo de me machucar
Eu tenho medo de errar
Eu tenho medo de me equivocar na hora de escolher
Eu tenho medo de não conseguir ser fiel a quem me faz bem
Eu tenho medo de trair a confiança de alguém
Eu tenho medo de não conseguir realizar meus sonhos
Eu tenho medo de que não confiem em mim
Eu tenho muito medo de perder minha mãe
Eu tenho medo de não ser capaz

Mas...

O medo nunca foi um obstáculo pra mim, ele sempre foi como um incentivo, um desafio. Um medo novo é uma batalha nova, um medo novo se tornará mais uma vitória, será uma vitória que contarei para o meu filho, com medo de que ele não entenda ou não absorva o ensinamento, mas nem por isso deixarei de tentar, lutar. E tenho certeza de que sempre vencerei porque farei tudo 'em nome de Jesus', meu libertador, curador, salvador, quem me ensinou a VENCER.

domingo, fevereiro 20, 2011

Essência






As coisas passam. Os acontecimentos pulsam todos os dias, ao mesmo tempo, junto com meu coração, sem que eu tenha controle disso. E todos os dias eu me perco um pouco nestes acontecimentos, as vezes tanto que até esqueço de mim, do que eu sou e do que eu quero.


Textinho escrito em Julho de 2010

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Felicidade


As coisas que mais desejamos só acontecem
quando achamos que não irão mais acontecer
Surpreendendo-nos, encantando-nos, roubando-nos o fôlego
Foi à primeira vista
Lindamente brega, do jeito que só o amor pode ser
Arrebatadoramente romântico, do jeito que toda mulher sonha
Sutilmente perfeito, como a disposição dos astros no céu
Foi tudo muito simples
Porque foi Deus quem determinou e assim será!

sábado, fevereiro 12, 2011

Catedral - É tão Normal ser Feliz



Teu coração, mexeu com o meu
O amor encheu todo ar
É bom te ver, sorrir também
É tão normal ser feliz

Quando alguém ama outro alguém
E este alguém o ama também
A razão perde para a emoção
Quando Deus é o centro então
Neste amor tudo é maior
A emoção não acaba com a razão

Meu coração eu te entreguei
Teus olhos são meu olhar
É bom te ver sorrir também
É tão normal ser feliz

Quando alguém ama outro alguém
E este alguém o ama também
A razão perde para a emoção
Quando Deus é o centro então
Neste amor tudo é maior
A emoção não acaba com a razão

Meu coração eu te entreguei
Teus olhos são meu olhar
É bom te ver sorrir também
É tão normal ser feliz


Ah o amor...

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Lágrimas de pintor



Imagem feita por Franz Tagore, meu fotógrafo preferido.


Ainda que figueira não floresça
Ainda que a videira não dê os seus frutos
Mesmo que não haja alimentos nos campos
Eu me alegrarei em ti, Jesus!

terça-feira, fevereiro 08, 2011

Aflições

Acordei hoje desejando ser invisível
Só o cheiro do pão me fez sair da cama
Talvez hoje eu encontre algo amável
Que me faça fantasiar alegrias
Está aí, mais um dia

Ontem não aconteceu nada de extraordinário

Apenas as expectativas me faziam companhia
Mas hoje não, hoje é um novo dia

Não me importo se a vizinha queria que eu
fosse como a filha dela
Se minha tia queria que eu soubesse cozinhar
Se minha vó não acreditava que eu pudesse
ter uma profissão
Nada disso me afligia

Só a incompreensão que eu não sabia de onde saía
Que ecoava toda vez que eu buscava um por quê
Que crescia, e cresce, toda vez que encontro uma resposta
E me confunde quando percebo que sempre há algo a mais

Hoje sei que é isso que me aflige e me consome
Como sede, como fome
Esse 'algo a mais' que alimenta a minha curiosidade
Que me faz querer crescer
Querer saber, saber, saber

É disso que eu tenho vivido