quarta-feira, junho 02, 2010

Coisas de insônia

Ainda que as lembranças não lhe doam tanto como antes, há na mente a nostalgia que transforma os dias em preto e branco.
1, 2, 3.. Conta as batidas do coração, conta as tábuas da parede, conta as variações das cores nos móveis, conta os galhos das árvores, conta tudo. Conta tudo numa incessante compulsão que lhe preenche os momentos vazios.
Ainda procurando seu verdadeiro caminho, e neste compreender os seus anseios, desabafar as suas imcompletudes, vagar nas suas perguntas e parar (quem sabe), no que poderia ser a luz, luz da sua essência que brilha não sabe como. Só brilha.

--Brilho da lua cheia, brilho do sol, das estrelas.


Assim fala e clama, na esperança de ser ouvida e compreendida. Não sabe ela que está tudo ali bem, ao seu lado, tudo que ela quer, esperando que ela aprenda a ver e sentir.
Quem sabe... Se se deixasse a mente fluir. Era só disso que precisava para se sentir bem (ou não). Nunca sabia ao certo o que precisava. Talvez precisasse conhecer a si mesma e só então saber realmente do que precisava, seria o primeiro passo para tudo. Ao menos já sabia o que a fazia bem naquele momento.